domingo, 10 de fevereiro de 2008

Manter Vivas as colectividades. Artigo publicado no Região de Císter em Fevereiro de 2007

Há quem defenda que já não faz sentido manter as colectividades em funcionamento, porque os objectivos com que foram criadas estão ultrapassados, a iniciativa privada trata de tudo. Não precisamos de nos preocupar, basta pagar e já está. Eu sou dos que pensam o contrário e que devemos enaltecer os voluntários carolas que ano após ano as mantém vivas. Quanto mais não seja, apenas, pelo facto de as colectividades serem espaços privilegiados de convívio onde todos sem excepção se podem encontrar e partilhar as suas experiências de vida. Mas nas colectividades do concelho de Alcobaça há vida intensa. Sabemos das iniciativas dos ranchos folclóricos e etnográficos para manter a cultura tradicional viva. Temos vários festivais de folclore organizados individualmente. Temos um festival concelhio conjunto, este ano em Maio. Há eventos gastronómicos, e há reconstituições históricas. A dança também tem expressão. Desde as danças de salão, à dança jovem, é bom lembrar que dançar é um excelente exercício, que faz muito bem ao corpo mas também à mente e é hoje muito usado para combater o”stress”. Os grupos de teatro do concelho continuam a mostrar o seu trabalho como mais uma vez acontece com o V encontro de teatro, um evento que já faz parte da agenda cultural de Alcobaça. As sociedades filarmónicas e as suas escolas de música muito tem contribuído para a formação musical. E como diz o povo:“ Tão fadista é o que canta o fado como aquele que o sabe ouvir”. Se tivermos alguma formação musical é muito mais fácil percebermos o que estamos a ouvir. São cada vez mais aqueles que ocupam algum do seu tempo livre a praticar desporto recreativo, utilizando para isso os pavilhões das colectividades. Alguns com poucas condições, não por falta de vontade dos seus dirigentes, mas muitas vezes por estes desconhecerem os programas de apoio que existem, e não estarem na hora certa no local certo. É com apoio das colectividades que se conseguem organizar muitos passeios pedestres e outros de cariz cultural. É nas colectividades que muitos encontram o tempo e o espaço para combater a solidão que se abate sobre si, quando depois de uma vida de trabalho, a sua magra reforma não dá para grandes aventuras. Por tudo isto e muito mais, devemos enaltecer os voluntários carolas que mantém vivas as colectividades. A Nova União das Colectividades do concelho de Alcobaça, pretende ser um ponto de encontro onde os dirigentes das colectividades possam partilhar experiências, trocar informações. Não queremos nem podemos intrometermo-nos na vida das associadas, mas queremos e podemos mantermo-nos activos, apenas porque sentimos que juntos será mais fácil manter as colectividades ao serviço da população em geral e dos sócios em particular. Juntos vamos pensar na grande festas das colectividades do Concelho de Alcobaça. Onde possamos mostrar um pouco do muito que se vai fazendo nas colectividades e que fica muitas vezes no conhecimento de poucos. Daniel Guilherme Presidente da Nova União das Colectividades do Concelho de Alcobaça Fevereiro 2007

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