segunda-feira, 4 de maio de 2009

Teatro na Benedita Alcobaça

Peer Gynt, filho único da pobre viúva Aase, era conhecido na sua aldeia como um contador de histórias. A lenda diz que costumava caçar veados nos cumes mais perigosos da montanha, juntamente com demónios, Trolls, e outras figuras mágicas que conhecia das histórias que contava — e que um dia anunciou que seria famoso. Rapta uma noiva rica de um casamento da aldeia, viola-a, abandona- a, e acaba por ser expulso para a floresta. Só a sua mãe e a jovem Solveig, que está apaixonada por ele, se lhe mantêm fiéis. Após a morte da mãe Peer abandona o país, acabando por se tornar rico e famoso graças aos negócios que desenvolve nos EUA. Numa zona litoral do Norte de África debate-se com ladrões, doentes psiquiátricos, finge ser profeta.... Regressa à aldeia depois de se salvar de um naufrágio e será confrontado com o passado num jogo com a morte. Enquanto texto dramático, Peer Gynt consiste quase inteiramente numa forma de veicular as aventuras de Peer, uma personagem que foge aos compromissos e que é completamente egoísta, sendo pouco sensível aos sacrifícios que os outros são obrigados a fazer para se moldar a si. O uso que Ibsen faz da sátira e do seu protagonista completamente voltado sobre si mesmo sugere implicações sociais com a sociedade da sua época, que o autor nunca deixou de questionar. Ibsen escreveu Peer Gynt em 1876 e nunca pretendeu que o seu poema fosse encenado. O autor encarava o seu texto como uma fantasia poética para ser lida. No entanto Peer Gynt depressa passou a ser considerada uma obra-prima da literatura escandinava, e em 1876 o próprio Ibsen adaptou o seu poema para o palco. Uma das razões para a popularidade desta peça devia-se ao facto de o autor se basear nalguns contos fantásticos noruegueses, nomeadamente de Peter Asbjornsen. Mas Ibsen estava também a utilizar algumas das novas ideias populares, nomeadamente as novas tendências de regresso à Natureza e à simplicidade

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