sexta-feira, 6 de junho de 2008
Movimento Associativo Popular reclama para si o Pavilhão de Portugal
Realizou-se no passado sábado, dia 31 de Maio, na sede social da Confederação, a Sessão Solene do 84º Aniversário e do Dia Nacional das Colectividades.
Perante quase uma centena de convidados entre os quais representante do Comité Olímpico de Portugal, o representante do Secretário de Estado da Juventude e do Desporto e do Instituto do Desporto de Portugal, representante da Associação 25 de Abril, representantes das Universidade Lusófona e do Instituto de Psicologia Aplicada, de estruturas descentralizadas e dezenas de colectividades, foi inaugurado o ESPAÇO MUSEU – 31 de MAIO que representa apenas 10% de um total de 2.500 peças e objectos que constituem o espólio da Confederação acumulado ao longo dos seus 84 anos e que pode ser visto em formato on-line www.museudascolectividades.com.
Nesta sessão foram assinados 4 protocolos com Federação das Colectividades do Distrito de Lisboa para instituição do Núcleo Museológico, com a FENACCOP, com o ISPA e com o IDP.
Foi ainda apresentado um Estudo Nacional realizado em parceria entre a Confederação e a CIDATER/Universidade Lusófona, onde são apresentados um conjunto de indicadores sociológicos que provam a vitalidade do Movimento Associativo Popular/Colectividades e demonstram a independência económica e financeira deste movimento face ao Estado.
A encerrar o período das intervenções, o Presidente da Direcção Dr. Augusto Flor, lembrou que algumas das questões colocadas a um ano atrás continuam por resolver por parte dos poderes instituídos. Fez uma alusão a trabalho realizado durante o ano 2007 e terminou a sua intervenção saudando o Dia Mundial da Criança, lembrando a importância do Movimento Associativo para a sua socialização, saudou a selecção nacional de futebol e a delegação olímpica, desejando os maiores êxitos desportivos, acreditando que os mesmos são possíveis porque os nossos atletas tem o espírito e os valores que aprenderam nos clubes e colectividades onde despontaram para o Desporto.
Augusto Flor deixou para reflexão futura, a possibilidade do voluntariado associativo e benévolo poder vir a ser considerado como valor social e económico. Fez ainda a uma proposta que se transcreve na íntegra:
“ Quanto à proposta, ela tem algo de sonhador, quase utópico, mas não pode deixar de ser considerada. O Associativismo Popular, as colectividades de Cultura, Recreio e Desporto, disseminadas pelo nosso País, contam-se por mais de 17.000. Têm um património incalculável. Só a Confederação tem mais de 2.500 peças e objectos, mais de 250.000 documentos que retratam em parte a Historia deste movimento. Todo este património, pertence, naturalmente, a cada uma das instituições. Mas, como em muitos outros casos, só com a sistematização e centralização de todo este vasto património, é possível ter a ideia do valor histórico, sociológico, antropológico e até económico deste movimento. Para tal é necessário um espaço amplo onde este património respire e possa ser desfrutado por todos. È necessário que este património seja enriquecido com actividades permanentes e regulares onde cada expressão do associativismo popular possa manifestar todo o seu esplendor. Esse lugar existe. Esse Lugar é o Pavilhão de Portugal onde há 10 anos atrás foi exposta a Cultura Portuguesa com o incontornável e indispensável contributo do associativismo popular”.
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